A Fábrica de Cultura Jaçanã recebeu nesta sexta e sábado (26 e 27), o novo espetáculo do Coletivo Binário, o Clube. Neste trabalho, o grupo dá prosseguimento à pesquisa sobre “transitoriedade de linguagens no criar e fazer teatral” que se desenvolve a 12 anos. Um novo movimento de criação, encontros e choque de linguagens em busca de refletir sobre um dos temas e assuntos mais recorrentes em nossa contemporaneidade: o ódio.
O que é o ódio? De onde vem? Quem odeia e por quê? Como ele se processa no mundo e no Brasil? Quem são os propagadores e os supressores do ódio? Eles mudaram com o tempo ou sempre foram os mesmos?
Qual é o papel do ódio na sociedade, na comunicação, na política, na história, na área tecnológica, na religião e na ciência? É possível acabar ou somente aprender a conviver com ele? O que é ser odiado e o que é odiar? Como lidar com o nosso ódio?
Muitas perguntas né? Pois, acredite, para encontrar essas respostas não basta apenas assistir a peça, é necessário fazer um mergulho para dentro de si e entender como você está lhe dando com esses sentimentos.
Para os apaixonados por teatro, O Clube entrega um espetáculo com uma pluralidade de linguagens que reúne: Teatro pós dramático, vídeo mapping, live cinema, dança-teatro e música experimental
A peça….
Em um dia comum, num bar comum, com reclamações comuns, Pedro, um homem comum, recebe, de um desconhecido, a notícia que ele acaba de ser eleito como o novo objeto de trabalho de um clube. Um clube invisível, tradicional, que tem sua formação nos primórdios da sociedade moderna, e que, nas últimas décadas, está em franco crescimento e mudando a vida de milhões de pessoas pelo mundo.
Um clube de ódio. Então, em um dia comum, Pedro, o homem comum, se depara com a notícia de que, a partir daquele momento, ele passará a ser odiado por milhares de pessoas espalhadas pelo mundo. Um ódio explícito, sem motivos, com várias formas e rostos, sem fim, e que crescerá e ganhará novos adeptos a cada minuto.
Assim, começa a saga de Pedro em sua busca desesperada para entender o porquê, quem, onde, e principalmente, como parar toda essa onda de ódio gratuito. Uma metáfora bem-humorada do mundo contemporâneo e suas redes sociais, fake news, grupos de WhatsApp, canais de Youtube, Twitter, grupos de Facebook, programas de fofoca na tv, imprensa marrom, etc. Nossos grandes e pequenos clubes de ódio.
Após duas sessões na Fábrica de Cultura Jaçanã, o Coletivo Binário se prepara mais uma apresentação e desta vez será na Fábrica de Cultura Brasilândia (Veja mais informações no final).
Inspirado no conto “O Candidato”, do escritor nova-iorquino Henry Slesar, a peça inédita “O Clube” é uma comédia dramática sobre a história de um homem odiado e durante 80 minutos a plateia fica pressa no roteiro muito bem dirigido por Nando Motta e representada com excelência pelo elenco formado por: Mariana Torres, Renato Hermeto e Laércio Motta.
Veja ficha técnica completa
O Clube
Realização: Coletivo Binário
Espetáculo: O Clube
Direção: Nando Motta
Dramaturgia: Elder Torres
Elenco: Mariana Torres, Renato Hermeto e Laércio Motta
Gênero: Comédia Dramática Adulto
Linguagens: Teatro pós dramático, vídeo mapping, live cinema, dança-teatro e música experimental
Classificação: 14 anos
Duração: 80 minutos
Agenda
Dia: 20/06
Horário: 19h30
Local: Fábrica de Cultura Brasilândia
Endereço: Av. General Penha Brasil, 2508 – Brasilândia, São Paulo – SP.
Entrada Franca
