Samba da Gávea – Prendi meu coração nesse lugar

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Documentário musical conta a história de uma Roda de Samba imprevisível. Trouxemos aqui a Ficha técnica Samba da Gávea de Alfredo Del-Penho, Bruno Barreto, João Cavalcanti, Luis Filipe de Lima, Paulino Dias, Pedro Miranda e Thiago da Serrinha ganha registro audiovisual que será exibido nos dias 20, 21 e 22 de março, no Youtube.

Projeto também inclui o lançamento de um EP, com cinco faixas exclusivas, além de três encontros on-line.

“Vamos chutar lata junto?” Foi assim que, em 2017, Pedro Miranda convidou um time de amigos para ocupar com música a Da Casa da Táta, pequeno e aconchegante lugar de bolos e cafés na Gávea, Rio de Janeiro.

A ideia era simples: aproveitar a segunda-feira, tradicionalmente o dia menos concorrido na agenda dos músicos, para fazer uma roda de samba livre, íntima, descompromissada e acústica (sem, portanto, nenhum tipo de amplificação de som).

Surgia assim uma nova tradição, contada no documentário musical “Samba da Gávea – Prendi Meu Coração Nesse Lugar”, uma história costurada por imagens de arquivo, depoimentos dos integrantes e cinco clipes originais que decifram o tecido dessa roda que ganhou ares quase místicos para músicos e frequentadores.

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O primeiro dia de gravação na @dacasadatata foi um sucesso com as gravações

As exibições acontecem nos dias 20, 21 e 22 de março, no canal do Youtube do Samba da Gávea.

Foram pouco menos de três anos de roda semanal antes de o Samba da Gávea ser interrompido – como quase qualquer atividade cultural do país – em razão da pandemia.

Veja Ficha Técnica Samba da Gávea

Mas a quantidade de participações emocionantes, de grandes histórias, de gurufins sentidos e celebrações inesquecíveis sugere que já dura muito mais tempo a tal “mistura de pelada semanal e terapia de grupo”, como costumam definir os integrantes Alfredo Del-Penho, Bruno Barreto, João Cavalcanti, Luis Filipe de Lima, Paulino Dias, Pedro Miranda e Thiago da Serrinha.

Não caberiam todos os momentos memoráveis em um média-metragem (e nem todos os momentos foram documentados, naturalmente), mas a seleção de casos, imagens e personagens contidos no filme é plenamente capaz de pontuar a atmosfera que sempre pairou naquele refúgio. É só ligar os pontos.

Da busca por um silêncio que não fosse opressivo – mas, ao contrário, consentido e participativo – à descoberta de novos repertórios que transbordassem fronteiras imaginárias, como “Chique Demais”, canção composta por Mosquito e cantada por ele no filme.

Da visita emocionante de Pretinho da Serrinha, que se desdobraria na sua parceria inaugural com o “vizinho” Thiago da Serrinha (em um improvável itinerário Serrinha-Serrinha via Gávea).

Primeira exibição pública do potente hino feminino “Uma Mulher”, canção de Ana Costa e Zélia Duncan cantada por ambas;

Da seresta-pescaria de Alfredo Del-Penho, fisgando a gigantesca cantora Dóris Monteiro pra roda ao gurufim cancionado para Dona Ivone Lara – sem que se soubesse que ela fazia a passagem naquele momento: “porque o tempo é imune a si mesmo”, como diz o poema “Inimigo Nosso”, de Aldir Blanc, recitado comovidamente por Vera Mello.

Esse contorno delineado pelo documentário passa ainda por cinco clipes filmados na própria Da Casa da Táta, com os integrantes participando separadamente: as inéditas
“Festa de Erê” (Thiago da Serrinha);
“Azimute” (João Cavalcanti);
“Vida de Moleque” (Thiago da Serrinha)
“Mana Que Emana” (Thiago da Serrinha e Bruno Barreto),
Além da regravação do clássico “Onde a Dor Não Tem Razão” (Paulinho da Viola e Elton Medeiros).

As cinco faixas fazem parte de um EP, que vai ser lançado nos aplicativos de música. “Como a gente tá gravando cada um de uma vez, a gente tem os outros tocando no nosso ouvido, pra ter uma guia e chegar um pouquinho no clima que a gente tinha na roda… Que a gente TEM na roda, porque a roda vai voltar”, vaticina Pedro Miranda, mirando no momento em que se possa “reabrir as janelas da vida” para continuar a contar os novos capítulos do Samba da Gávea.

O projeto inclui ainda três rodas de samba virtuais a serem realizadas em março: um encontro com integrantes do Samba da Gávea e do Jongo da Serrinha, com as cantoras Lazir Sinval e Deli Monteiro; um encontro do Samba da Gávea com alunos da Casa do Choro e, no dia 18, às 18h, uma roda de samba e bate-papo entre os músicos do Samba da Gávea, no Instagram @sambadagavea.

SAMBA DA GÁVEA – PRENDI MEU CORAÇÃO NESSE LUGAR

Exibições gratuitas no YouTube
20/03 (sábado) às 20h
21/03 (domingo) às 15h
22/03 (segunda) às 20h

Roda de samba e bate-papo no Instagram @sambadagavea
18/03 (quinta) às 18h

Dirigido por Eduardo Hunter, da Hunter Filmes, e produzido pela Cambuci Produções Artísticas e Culturais, o documentário musical “Samba da Gávea – Prendi Meu Coração Nesse Lugar” foi viabilizado com patrocínio do Governo Federal, do Governo do Estado do Rio de Janeiro e da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Rio de Janeiro, por intermédio do Edital Retomada Cultural, da Lei Aldir Blanc.

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